Carlosforpus
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Criação de Peito-celeste, iniciação [dúvidas]

Boas, estou prestes a iniciar criaçao, mas ainda nao consegui obter muitas informaçoes sobre o a especie peito de celeste. Ja ouvi dizer que nao é facil, mas mesmo assim gostaria que alguém me podesse ajudar acerca do mesmo!

Cumps.
Gustavo Figueiredo
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Re: duvidas criaçao peito celeste!!

Pode ser que tenha sorte de alguem o ajudar.
Muita informaçao nao existe pois e uma especie que, quem cria, evita partilhar o sucesso.
Peitos celestes ja por si sao dificeis de criar e em 99% dos casos tirados com bengalins e ate aqui o sucesso e de 30% a 40%, principalmente para quem esta a começar.
Pessoalmente, em nada o posso ajudar pois conheço pouco da criaçao de exxoticos da familia dos Uraeginthus.
Carlosforpus
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Re: duvidas criaçao peito celeste!!

Bem, nao esta mesmo facil, mas aos poucos estou a conseguir algumas informaçoes.. Ainda hoje visitei uma feira local e em toda a feira, reparei que so um criador tinha "peitos celestes" e conversei um pouco com Criador dos mesmos e ele tambem me relatou que era uma especie dificil de se criar.. Consequentemente isso reflete se no preço, pois estavam a venda o casal por 160 euros! Embora nao ele me tivesse falado desse factor de ser "preciso" amas para a sua criaçao.. Obrigado pela sua ajuda na mesma ; )

Cumps
Gustavo Figueiredo
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Re: Criação de Peito-celeste, iniciação [dúvidas]

Vamos a ver, todas as aves teem a possibilidade de criar diretas. O problema e que as condiçoes tambem teem de ser dadas. Ora se vai meter um casal de Peitos Celeste numa gaiola 50X40X35, nao se pode esperar grande coisa. Mais ainda que tem que se acertar com a alimentaçao, temperatura, humidade, epoca de criaçao, etc.
Obvio que quem cria peitos celestes, usa amas e atençao que ate aqui a coisa nem sempre corre bem pois a cria de peito celeste, foge muito aos parametros de crias que os bengalins possam estar habituados a criar. E ate os bengains teem de ter determinada alimentaçao para as crias vingarem.
Acredite, caso os bengalins as criacem tao bem, o seu valor rondaria os 160€ casal, como acontecia com os Goulds ha 15 - 20 anos? Obvio que nao e seria mais uma ave de facil criaçao.
Caso estivesse no seu lugar, eu pesquisava o maximo possivel, por vezes o mais basico e o essencial e que por vezes e esquecido, punha isso em pratica e apostava na criaçao direta, nem que fosse pra experimentar.
Carlosforpus
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Re: Criação de Peito-celeste, iniciação [dúvidas]

Exato, eu penso que voce tocou mesmo no pontos chave pra criaçao dos peitos celeste, mais especificamente quando se referiu a temperatura, e tambem no seu alojamento.. Ja estive a ver uns artigos em ingles sobre a especie e vi que "peitos celeste" prosperam melhor em climas bastantes secos, pois é uma ave Africana.. Quanto ao alojamento ainda nao encontrei muita informaçao, mas penso que pra estas aves preferem mais espaços amplos ao inves das gaiolas que voce referiu, e pelo que vi, que criam melhor em colonia.. Mas vou me informar mais, e ja agora obrigado pelo seu incentivo e tambem pela sua opiniao!

Cumps.
Lcrespo
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Re: Criação de Peito-celeste, iniciação [dúvidas]

Boas,
Eu nunca criei azulitos mas este ano adquiri um casal de granatinas o que não deve ser muito diferente da criação dos azulitos ou faces carmesim penso eu.
Estou a tentar a criação direta com elas e já tem ninho feito só estou a espera dos ovos.
Fatores importantes espaço e alimentação no meu caso tenho-as num viveiro não sei as medidas ao certo mas não é muito grande, a alimentação é um fator super importante uma simples mistura para exóticos não chega junta a essa mistura alpista, semente de relva, perrilha, entre outras e vai vendo o que eles comem. Alimento vivo é super importante para estimulares a criação e não te esqueças de uma boa papa uma CEDE exoticos ou whitte mollen semi humida. Não lhe esqueças de dar fruta como maçã ou ervas do campo.

Cumps,
Luis
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AvilandiaPT
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Re: Criação de Peito-celeste, iniciação [dúvidas]

Olá,

A primeira questão é qual das espécie de "azulitos" estamos a falar? Uraenginthus cyanocephala ("peito celeste" cabeça azul) ou U.angolensis ("peito celeste" ou azulito de angola)? É que isto de nomes comuns tem que se lhe diga e não são espécies iguais.

Qualquer uma delas não é espécie para iniciantes com africanos. Mas, com dedicação, condições e paciência...
este ano adquiri um casal de granatinas o que não deve ser muito diferente da criação dos azulitos ou faces carmesim penso eu.
Luis, são bastante diferentes em comportamento, acredita!
Tanto para com o criador como entre eles. Muito mais tranquilos e sociáveis com o criador e adaptação ao maneio mas mais agressivos entre eles no caso dos granatinas, especialmente em relaçao a U.angolensis bastante mais reservados e tímidos, no caso de U.cyanocephala eventualmente sim, comportamentos mais próximos.

A criação com amas já foi discutida várias vezes, não vou voltar a isso. Provavelmente se fores por ai vais ter de aprender "a dobrar" e terás mais sucesso com os cyanocephala, muito provavelmente. O espaço certamente ajuda mas podem estar em gaiola desde que com um tamanho decente. Temperatura, sobretudo com F0 é essencial ainda mais se tentares directo. Criar no inverno é o "normal" mas nunca percebi essa ideia. Felizmente já tens cada vez mais criadores a olhar para estas espécies de outra forma.
A chave é em grande parte a alimentação e, acima de tudo, perceberes como varia a alimentação de africanos ao longo do ano. Precisas de criar pelo menos 2 fases distintas. Esta parte é complicada porque não é nada fácil fazer com que comam outros alimentos além de sementes e quanto menor porte mais "grave" se torna. Dai que U.cyanocephala e mesmo granatinas sejam mais fáceis (na minha opinião) que angolensis, por exemplo.

Não concordo de todo com o Luis sobre a adição de alpista e perilha na mistura e acho isso um dos principais erros na alimentação de africanos quando se vai atrás da alimentação "tipo" dos australianos e afins. Sobretudo com as sementes mais energéticas como a perilha, semilha, linhaça que sem dúvida até podem comer bem mas nos limitam imenso o intervalo de variação na dieta ao longo do ano. As misturas para africanos (estrildideos) têm por base painços e relvas. A variação essencial é feita na dieta com sementes secas/verdes e não tanto na composição da mistura base.
Papas por regra pouco comem, a melhor hipótese é usares algo mais "caseiro" apesar de poderes ter como base disso uma papa comercial de qualidade obviamente. Witte Mollen não me parece minimamente a melhor escolha, ou sequer uma opção para esse feito pelo nível de energia.
Espigas, tanto secas (e não são todas iguais...) como verdes são essenciais e não uma guloseima ocasional para estarem entretidos. Para estas espécies são parte da dieta diária.
Alimento vivo, sem dúvida alguma, com a particularidade de teres de aprender a controlar quantidades caso contrário tem o efeito inverso e se forem sobrestimulados tens dificuldade em controlar os ciclos. Mas o alimento vivo que podes dar a U.angolensis deveria ser sobretudo mais pequeno e mole (sobretudo com crias), enquanto granatinas e mesmo U.cyanocephala, Pytilia spp, Amadina spp. se aguentam apenas com larvas mais "típicas" de bufalo e tenebrio.

Sobre o criarem melhor em viveiros, isso é uma recomendação tipica para este tipo de africanos, já em colónias não tenho essa informação. Mas podes usar gaiolas sem problemas, não estamos é certamente a falar de gaiolas de 50cm daquelas para canários, deves ter atenção ao fundo, à ocupação do espaço interior, formação de zonas distintas, distribuição dos comedouros, etc, etc...

Agora nestas coisas não há apenas uma forma de o fazer, existem mutas formas possíveis que servem para "criar". A forma/atitude como isso se faz é que pode variar. Desde que tentes perceber o que estás a fazer e como/porquê de o fazeres é um processo de experiência e aprendizagem.

Já agora só mais uma questão, informa-te muito bem sobre a espécie que pretendes e as suas caracteristicas. No género Uraenginthus tens espécies muito próximas que, por desconhecimento ou desinteresse, podem ser (e são) confundidas e há por ai algumas misturas, e mais do que se pensa.

Cumps.
Ricardo M.
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Carlosforpus
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Re: Criação de Peito-celeste, iniciação [dúvidas]

Obrigada pela sua informaçao sr.Ricardo.
Quanto ao nome da especie voce tem razao existem alguns nomes parecidos mas estou me mesmo a referir ao peito celeste azulito de angola.. As minhas duvidas focam principalmente no seu alojamento e temperatura adequada..

Cumps
Lcrespo
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Re: Criação de Peito-celeste, iniciação [dúvidas]

AvilandiaPT Escreveu:Olá,

Não concordo de todo com o Luis sobre a adição de alpista e perilha na mistura e acho isso um dos principais erros na alimentação de africanos quando se vai atrás da alimentação "tipo" dos australianos e afins. Sobretudo com as sementes mais energéticas como a perilha, semilha, linhaça que sem dúvida até podem comer bem mas nos limitam imenso o intervalo de variação na dieta ao longo do ano. As misturas para africanos (estrildideos) têm por base painços e relvas. A variação essencial é feita na dieta com sementes secas/verdes e não tanto na composição da mistura base.
Papas por regra pouco comem, a melhor hipótese é usares algo mais "caseiro" apesar de poderes ter como base disso uma papa comercial de qualidade obviamente. Witte Mollen não me parece minimamente a melhor escolha, ou sequer uma opção para esse feito pelo nível de energia.
Espigas, tanto secas (e não são todas iguais...) como verdes são essenciais e não uma guloseima ocasional para estarem entretidos. Para estas espécies são parte da dieta diária.
Alimento vivo, sem dúvida alguma, com a particularidade de teres de aprender a controlar quantidades caso contrário tem o efeito inverso e se forem sobrestimulados tens dificuldade em controlar os ciclos. Mas o alimento vivo que podes dar a U.angolensis deveria ser sobretudo mais pequeno e mole (sobretudo com crias), enquanto granatinas e mesmo U.cyanocephala, Pytilia spp, Amadina spp. se aguentam apenas com larvas mais "típicas" de bufalo e tenebrio.


Cumps.
Olá Ricardo,
Quanto a alimentação como ainda as tenho a pouco ainda não está bem definida estou as seguir a mistura que me levou a ter sucesso na minha criação dos canários de Moçambique e Cantores de África e com alguma informação que li o objetivo é chegar a uma alimentação que me permita ter sucesso. Quanto a adição de perrilha eu tenho as com temperatura mais ao menos estável mas sem aquecimento e acho que com tempo como este onde esteja mais frio a adição de sementes mais energéticas seja essencial para o bem estar delas. Quanto as papas quanto a caseira pode ser melhor mas mas não é muito prático e o tempo não se estica. Falei na whitte mollen e na Cede para exóticos porque são as que as minhas granatinas pegam melhor principalmente a CEDE.
Espigas secas desisti completamente de dar não tenho confiança prefiro ao fim de semana apanhar umas ervas do campo no meu caso que tenho essa possibilidade e dar e daqui a um mês terei espigas de painço que fiz aqui uma pequena plantação.
As granatinas não eram nem de longe das minhas aves favoritas logo depois de ter falado contigo no forum do ferreira surgiu oportunidade de fazer umas trocas por elas aceitei só para deitar num viveiro onde só tinha 4 aves e onde não podia pôr mais nada devido a incompatibilidades de espécies que tinha e tenho a dizer gosto bastante da espécie são super calmas a fêmea vem comer tenébrios a mão espetáculo.

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Luis
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AvilandiaPT
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Re: Criação de Peito-celeste, iniciação [dúvidas]

Olá Luis,

Tem cuidado com a perilha, os africanos (estrildideos) não ser dão tão bem com sementes gordas como os serinus. Em relação a papas a CeDe é boa, já a Witte Mollen tem o mesmo problema, eles pegam bem mas para ser útil em termos nutricionais precisa de alguns acertos como já falámos.
Granatinas são das espécies mais sociáveis deste grupo para com o criador, muito mas muito calminhas, mesmo as F0 facilmente de adaptam e acalmam. Como tens possibilidade de ter espigas verdes isso é uma vantagem, mas mesmo assim as secas, sobretudo vermelhas, são uma boa adição na dieta. Agora se não confias na qualidade destas isso é outra história.

Cumps.
Ricardo M.
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