Carlos Gião Escreveu:Em resposta ao post inicial, quero realçar que a formação como juízes de uma e outra entidades também é muito diferente...
Uns têm de prestar provas de acordo com um Standart (Com), ajudarem outros juízes,etc Os da IGBA basta serem criadores (5 anos?) que tenham 2 amigos que os proponham...
Agora na realidade nunca vi estes últimos que aparentemente têm uma formação menos académica , darem "barraca"
Abraço
Carlos Gião
No que respeita à formaçao/ nomeação...
Bom um dos "métodos" , parece bem mais democrático! eh eh
Quanto a mim..esta parece-me ser a forma mais correcta e a menos elitista .
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Se reparar-mos...as aves sao tanto mais dificeis de julgar qunto melhor a qualidade e a quantidade de exemplares presentes na expo, nessa classe. Falando de porte: todos constactamos que existem meia duzia de raças mais complicadas para julgar exactametne porque a sua qualidade é melhor e aparecem em maior numero...existem depois umas quantas raças que aparecem em muito pequeno numero ou que nem aparecem e essas nao são as que apresentam dificuldade, normalmente qualquer leigo vislumbra a melhor ave presente.
Ou seja..não acho que sejam necessárias assim tantas especializações para o " mercado" actual de aves, como alguns defendem. Por outro lado as coisas não têm que ser, nem são estaticas. Como o Paulo referiu, a COM abriu novas classes e com o avançar dos anos, estou certo que novas alterações e rectificaçoes serão feitas, consoante as caracteristicas o exigirem.
Se alguem já criou..ou se propuser a criar todas as raças de porte, não tenho duvidas que possa julgar correctamente todas.. (se tiver capacidade para tal..claro). Se atentar-mos bem existem muitas caracteristicas semelhantes quando avaliamos uma ave. E estou convicto que alguem com capacidade de observaçao e decisao para classificar borders, tambem o será para classificar glosters ou Parisienses, se realmente a isso se propuser. Por outro lado, admito que alguem que é criador de uma especie há 20 anos, posssa julgar incorrectamente e muito pior essa especie do que alguem que apenas a criou um ano ou dois, mas que se preocupou em visitar expos, criadores e formar se.
A ideia de dividir plumagens lisas e frizadas já não é nova e se isso vier a acontecer, trará concerteza vantagens. Mas a ideia de que, se eu nao crio determinada raça não saberei julga-la... isso não é nada linear e contempla bastantes excepçoes.
Sem querer ofender ninguem...mas existe muito criador experiente que nao é lá muito observador... Por outro lado, quando apenas cria-mos uma raça tendemos a ser mais tendenciosos, subjectivos e menos pragmaticos e classificar e julgar deve ser o mais objectivo possivel.
Como veêm, a especialização estilo IGBA, tem as suas vantagens, mas tambem muitas desvantagens...e as subjectividades existem em maior grau, no meu entender. Há juizes da "facção" A que previlegiam plumagens, e haverá outros que previlegiam robustez corporal. Ora quantos standards há?
OS erros que existem ou existiram na COm, não me parece que tenham somente a ver com falta de especialização...terão a ver com outros factores. Secalhar o número de erros inconscientes ou por falta de capacidade e conehcimento da raça é maior na Com, mas na IGBA, existem os erros por "subjectividade" e fuga ao standard, em detrimento do gosto pessoal de alguem que concebeu e trabalhou uma raça durante 50 anos..esses errros , tambem sao erros e senão sao tao notorios. nem tao escandalosos, a verdade é que falseiam igualmente resultados.
Falseia mais um resultado..que o best de uma expo, seja uma ave que interpretando o standard nao o seria..do que um juiz julgar um intenso por nevado e essa ave não classificar...bom mas adiante.
COmparaçao existe no sistema de pontuaçao e pontuaçao existe no sistema de comparaçao...só nao o vemos senao quiser mos.
O facto de aparecerem fichas ou nao..é outra historia..mas, no grosso, os processos de julgamento sao os mesmos.
PAra mim..nao faz sentido pontuar aves fracas e estar a distingui las. Nao importa se é por estar sem rabo ou estar doente..para isso que se deixe uma anotação..ou que haja abertura apra que o criador fale com o juiz. Quando digo que nao faz sentido..nao é estar a tirar valor a quem se inicia e ainda tem aves menos boas.. Mas o tempo de julgamento é um factor importante e o tempo dispensado a uma ave má nao é obviamente o mesmo que o dispensado a uma ave excelente... Muitas vezes acontecem erros nestas aves menos boas...erros evitados se não houvesse pontuação dessas aves. Eu divido os jultamentos(sejam eles Iba ou COm) em duas fases: uma primeira..claramente comparativa em que se visllumbra claramente quais as aves inferiores. Segunda fase: existe um lote de aves de maior qualidade..aqui surge e assume um papel importante pontuar..pontuar objectivamente...pois as classificaçoes serão decididas em detalhes. Se nesta fase continuassemos a fazer somente pontuaçao..iamos cair na subjectividade..nao tenho duvidas. Do mesmo modo que nao tenho duvidas que um juiz Igba..quando esta indeciso para atribuir primeiro e segundo a uma ave..as olhas de alto a baixo e vÊ em que é que uma pontua mais que a outra. Nao aparecer ficha a dizer qts pontos tem..é uma coisa..mas as "continhas" tiveram que existir..porque senao existirem continhas..irá ganhar a ave que nos agrada mais e não a ave que objectrivamente é mais forte no global.
Acrescentaria só..que concordo com um " método" sugerido pelo CArlos, num outro forum, ha ja algum tempo, e que seria pontuar as aves até ao decimo lugar, por exemplo. Para mim..é sem duvida as melhores aves que devem ser pontuadas. Sem desprestigiar as outras..mas quando uma ave esta na fasquia de "má" ou "menos boa", é preferivel uma anotaçao de algo grosseiro que estar a pontuar..é exaustivo para quem julga e propicio a erros.
Um abraço