segunda, 22/out/2007, 00:55
Olá, boa noite a todos.
Permitam que dê a modesta opinião de um não crente que se converteu ao Arlequim Português, após algum tempo de pesquisa na Net e de contacto com verdadeiros criadores do Arlequim Português.
Concordo com alguns dos intervenientes em dizerem que o Arlequim Português será parecido com um pinto.
Fui, até à pouco tempo, um critico destas aves que se pretende venham a ser reconhecidas como raça.
Se atendermos às caracteristicas do que está estabelecido para que estas aves venham a ter estatuto de raça em termos de standard e se o mesmo for devidamente cumprido então é possível que as aves em causa sejam reconhecidas como uma raça.
O problema maior é que por norma "desconfiamos" e eu estive incluido neste grupo, de tudo o que é novo e ainda por norma maldizemos se for um ou mais do que um português a tentar criar algo novo.
Veja-se as raças reconhecidas, ainda há bem pouco tempo, de paises como a Espanha e a Alemanha.
Estas raças foram consideradas porque houve união dos canaricultores e tambem não apareceram de um dia para o outro.
Porque será, segundo me foi dito, que os criadores brasileiros e franceses estão a começar a apostar forte no Arlequim e já há criadores ingleses a vir comprá-los a Portugal?
Não me admirava mesmo nada que se o Arlequim tivesse tido origem na Espanha, França, Itália, Inglaterra ou outro país de nomeada da canaricultura os criadores portugueses começassem desenfreadamente a criar destas aves e a considerá-las como raça.
Quando surgem mutações de canários que "viram" raças, estas mutações são tácitamente aceites como tal. Como sabemos o canário original não é branco, amarelo, vermelho, pastel, azul, etc., etc., etc. e nunca ouvi, ou vi, alguém "discutir" com tanto calor estas situações.
Por exemplo o canário gloster é um canário de porte nunca foi de cor, no entanto agora julga-se o gloster branco, amarelo, canela, verde, etc., etc., e não sei de alguém, português, que tenha contestado esta situação.
Porquê então contestar aquilo em que muitos acreditam que há-de vir, se calhar mais cedo do que se pensa, a ser uma realidade? Até porque cada vez há mais entusiastas a dedicar-se ao apuramento do Arlequim Português.
Se o canário Arlequim é uma miscelânea de várias raças não o discuto mas tentem os cépticos, repito dos quais fiz parte, criar um canário Arlequim Português respeitando o Standard e depois conversaremos.
Estou obviamente a falar de criadores de boa fé com um objectivo perfeitamente defenido e não dos habilidosos que começam a criar pintos a dar-lhes corante e a chamar-lhes Arlequins.
Caros amigos esta é apenas uma opinião que vale o que vale e que não tem como finalidade criar conflitos pois como há pessoas que discordam existem também as que concordam.
Saudações ornitológicas.
Armindo Tavares.