Como é do conhecimento geral, as aves têm uma capacidade enorme para esconderem os sinais de doença até um limite a partir do qual manifestam um quadro clínico de doença que é muito inespecífico.
Penso que em Português lhe poderemos chamar Síndrome da ave doente, traduzido em:
- aspecto embolado (penas eriçadas);
- olhos fechados (pelo menos quando não se sentem observados);
- letargia;
- anorexia;
- depressão;
- e, numa fase avançada de doença, surge a chamada "doença da faca" (incorrectamente chamada por não ser uma doença mas sim um sinal comum a muitíssimos processos patológicos, a perda de peso).
Quanto à diarreia, há que ver se de facto o é, ou se por a ave não se estar a alimentar, apenas está a libertar pela cloaca uratos e urina, ficando nós com a impressão de estar a ocorrer diarreia, quando de facto temos é ausência da parte fecal dos dejectos. No caso de termos uma verdadeira diarreia deveremos avaliar a cor da mesma o que poderá ser de grande ajuda, assim como pedir um exame fecal (parasitológico e/ou microbiológico).
Como regra, deveremos separar SEMPRE as aves doentes e, se possível (numa outra área) as outras com elas cohabitantes. Quando começam a ocorrer perdas, é indicada a necrópsia do(s) animal(is) afim de orientar o diagnósticos já que sintomatologia inespecífica não nos permite tirar grandes conclusões.
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