terça, 05/jun/2007, 10:16
Caros amigos,
Tenho acompanhado com algum interesse esta nossa conversa em torno do tema «reunião» e, se me permitem, gostaria de recentrar o debate, pois ele parece-me que está a ir no sentido do conflito pessoal, o que nunca é bom.
Antes, devo dizer-vos igualmente que não concordo com os pseudónimos (nicks, avatars, ou o que lhe queiram chamar), no fórum, ou a existirem que, pelo menos, se assine as mensagens com o nome de cada um um.
Quanto ao tema original da conversa e analisando os diversos websites das Federações e da COM-P, fica sempre a sensação de que todos lidam muito mal com a democracia e, sobretudo, com a transparência.
Houve uma reunião entre a COM-P e a FOCIP (ou entre esta e aquela, a ordem pouco interessa). Então o lógico, o transparente, seria a publicitação dessa reunião, com a ordem de trabalhos e depois com a acta da mesma. Assim ficamos sempre com aquela estranha sensação de que um grupo de senhores se reuniu e, no segredo dos deuses, tomou, mais uma vez, um conjunto de decisões que depois outorga aos criadores, que obviamente porque são todos incapazes não podem tomar parte nestes processos de decisão e somente têm de cumprir o que lhes é dado.
Por outro lado ainda, e o tema pode encaixar-se talvez aqui, quando «surfamos» pelos websites das diversas federações, que as diferencia verdadeiramente umas das outras? Metodologias? Não! Abordagens da ornitologia? Não! Parece que, em vez de terem surgido por terem abordagens inovadoras da problemática ornitológica em Portugal, surgiram devido às incompatibilidades entre as pessoas.
Ora esta questão é a eterna e velha questão: zango-me contigo e como isto não tem rei nem roque, fundo outro clube/associação/federação aqui ao lado. Eis mais uma boa pista para começar a mudança.
Mas perguntamo-nos nós criadores: por que não procederam de outro modo? Por que não procederam do modo correcto?
Imaginemos uma Assembleia-Geral de accionistas de uma empresa A. É apresentada uma proposta. A mesa da Assembleia-Geral da empresa A, recusa a admissão da proposta. Que fazem os subscritores da proposta? Dizem «Tchau aí, que a gente vai ali fundar a empresaB!», ou recorrem ao Tribunal Administrativo competente de modo a impugnar a decisão da mesa da Assembleia-Geral e também a própria Assembleia. Claro que acreditando no projecto que defendem na empresa A, vão escolher a segunda opção! Pergunta-se, por que não se procede assim na ornitologia? Julgando que determinada deliberação é contrária aos estatutos, ao regulamento-geral e ao regimento da mesa da Assembleia-Geral, deve-se fundar uma nova federação, ou recorrer ao tribunal competente? Obviamente que a segunda, sempre! Salvaguarda-se a ornitologia, bem mais precioso, e, se a razão nos assistir, o tribunal reconhecerá a bondade da nossa acção, a mesa da Assembleia-Geral será forçada a aceitar a proposta e esta irá a votação. O ganhar ou perder depende do jogo democrático do voto.
Pronto, foi só mais uma achega...
Cumprimentos,
Leote Paixão
Saudações ornitológicas,
Leote Paixão