PauloSantos Escreveu: Penso que a fase do choco seja talvez a mais desgastante e que mais debilita a fêmea.
Tive fêmeas que se foram bastante abaixo durante o choco, quase não comiam, quase não saiam do ninho.
Nunca tive grandes problemas na fase da postura e na fase da alimentação a fêmea é muito auxiliada pelo macho, muito especialmente na parte final.
A fase mais desgastante é a postura e o choco, em ambas a fêmea vai gastar muitas reservas e energia, a fase de alimentação não é particularmente desgastante, basta ver quantas vezes é que uma fêmea se vai abaixo/morre durante a postura e no choco ou quando já está a alimentar as crias, e se acontece alguma coisa quando está a alimentar as crias muitas vezes é logo nos primeiros dias, quando ainda está fraca do choco e tem que gastar mais energia nas fazes inicias da alimentação.
Num aparte, em espécies de aves que criam em climas árcticos e em que a estação de reprodução é muito curta o envolvimento da fêmea é muito menor que em espécies semelhantes que criem em climas temperados, em zonas árcticas existem espécies em que só o macho choca, precisamente para dividir o desgaste com a fêmea, e noutras espécies embora seja a fêmea a chocar, o cuidado das crias fica quase todo por conta do macho, a fêmea começa a migração de regresso poucos dias após o nascimento das crias e isto porque a femea precisa de mais tempo para recuperar a energia despendida com a postura.