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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Essa tua ultima questao ja a coloquei a mim mesmo e levou-me a um pensamento que vou partilhar convosco...

Ainda ninguem se lembrou de vender anilhas com certificados de cedencia??

Ja recebi a factura do ICNF para pagar o numero de criador, nao a paguei porque vem rasurada e pedi explicaçoes/esclarecimentos.
MAS...
Se alguem vender anilhas a 1 euro, tendo a factura um total a pagar de 143 Euro... nao é dificil fazer as contas...
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Cable, explica la melhor que não percebi a tua ideia
Cumprimentos
Bruno Palhares
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Olá,

E enquanto se vai pagando mais licença menos licença, para ter espécies que são tão comuns e baratas que ninguém as importa do estado selvagem, não se quer saber se as aves estão com estalagmites de fezes até aos poleiros, numa gaiola minúscula, alimentadas com sementes numa lata de atum cortada quando até nem deviam comer sementes...

Ou que espécies pouco comuns e praticamente inexistentes em cativeiro vão parar a quem as quiser comprar desde que tenha eur q.b. mesmo que não faça ideia do que são e acabem por morrer 3 dias depois!
Mas tudo com certificados e registos portanto, não há problema nenhum.

Cumps,
Ricardo M.
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Eu até entendo o pagamento de um registo de criador, eu para ter o meu STAM também preciso de estar registado num clube e pagar cotas.
Agora, o averbamento anual? Sobretudo ao valor que é? E para mais, para aves que estão isentas de CITES! Isso então para mim é que não faz sentido nenhum.
Continuando assim vamos ter registo de criador para todas as aves (nem me incomodava muito se desse direito a STAM oficial e a abertura para pedido de anilhas oficiais) que atualmente nao têm, como canários e periquitos e afins.
Cumprimentos
Bruno Palhares
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Olá,

Atenção que não tenho nada contra o registo de criador! Pelo contrário, há muitos anos que defendo que deveria existir um registo nacional de criadores real. O registo actual da parte de clubes e federações tem valor "desportivo" para essas entidades e as suas actividades mas nenhum valor legal. Em termos legais tanto vale uma ave anilhada com uma anilha genérica como uma anilha federativa.
Obviamente esse registo deveria ser pago como é uma licença de pesca ou de caça de milhentas outras coisas.
Mas também tem que haver um retorno real e coerente desse registo. Estas interpretações não me parecem nada coerentes senão no facto de se resumirem a "paguem o registo".

Se não há lugar a emissão de certificados ou este não é obrigatório então o registo não faz sentido nenhum para quem tem essas aves. Mas se o exigem quem incorre em incumprimento é sempre o mesmo caso não cumpra. É essa parte que me incomoda, não tanto o registo e o averbamento. Concordo que os valores são excessivos sobretudo para algumas espécies e por serem iguais para quem tem 10 aves ou 10000.

O que faz falta é haver uma informação clara e simples, assim como uma interpretação clara, simples e uniforme da legislação para se poder "exigir" o cumprimento de tudo e mais alguma coisa.

Cumps.
Ricardo M.
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

A minha ideia era em vez de comprar aves ou pagar o certificado de criador comprar so as anilhas com certificado de cedencia para meter nas que me nasciam em casa.

Neste momento as unicas aves que tenho sujeitaas a CITES sao os fischeri.
Tenho de momento dois casais, um dos quais nem sequer tem ninho.

SE eu comprar anilhas numeradas normais, que tive de comprar, para agapornis custam a volta de 50 centimos cada.
Alem das anilhas tenho de pagar o numero de criador.
Imagina que o casal num ano faz 10 filhos.
10 anilhas sao 5 euro + 143 euro do numero de criador sao 148 Euro

Se eu tiver os mesmos 10 filhos, mas em vez de estar registado como criador comprar as anilhas a 1 euro ou a 2 euro com certificado de cedencia como sendo criaas de quem me passa o certificado... sao 10 ou 20 euro, para as mesmas 10 crias, em vez de 148 euro.

e nos anos seguintes, mantendo o mesmo casal e o mesmo numero de crias sao 10 ou 20 euro em vez dos 50 do averbamento anual.
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Cable, já percebi a tua ideia e deixa dizer que não é nada descabida, faz bastante sentido e lógica.
Embora o registo do criador pago uma única vez não me incomoda, deveria era dar origem à obtenção de STAM diretamente. Nos averbamentos é que está o maior custo, €€ todos os anos, independentemente de averbar 0 ou 1000 aves.
Para grandes criadores, são peanuts, para quem quer ter um casal como eu poderei...... já custa mais que o valor das aves em questão.


AvilandiaPT Escreveu: Se não há lugar a emissão de certificados ou este não é obrigatório então o registo não faz sentido nenhum para quem tem essas aves.
Esta tua frase resume tudo o que eu penso acerca deste caso em particular que falamos. Não é obrigatório registo CITES das aves? Então não deveria ser necessário mais nada.
Cumprimentos
Bruno Palhares
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Nao concordo com essa observaaçao.

Sou a favor, creio que jaa escrevi, que uma vez que o criador ja paga a licença de criador e o averbamento, quem fica com os passaros nao devia ter de pagar mais nada.
Isto para TODAS as aves sem excepçao.

No entanto, se quem fica com as aves quer fazer criaçao, é ele tambem um criador e como tal tem de estar sujeito as mesmas condiçoes.

As aves terem anilha colocada pelo criador era garante de nao serem capturadas adultas no meio selvagem.
Nao era garante de nao serem capturadas com dias ou roubados os ovos.
Dai a minha concordancia com a obrigatoriedade de serem marcadas de alguma forma pelo criador. A marca ser uma anilha fechada... continuo com a minha aversao as anilhas, e os tres que tenho anilhados levaram um total de 5 anilhas.
Anilhei umas caturras, os pais abandonaram as crias e acabaram por morrer.
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Todas as aves que criássemos deveriam ser marcadas. Eu por acaso nunca tive problemas com anilhas, é esperar que a ave esteja com o tamanho certo para entrar mesmo a justa os pais não conseguirem tirar. Nos mais esquisitos, sujo a anilha com fezes dos pequenos, até a data não me mandaram nenhuma para fora do ninho (bate três vezes na madeira).

Quanto ao serem capturadas selvagens.... isso ate pode ser verdade em algumas espécies, mas noutras, com os preços que já se praticam e a facilidade de criação em cativeiro (por exemplo espécies mais comuns de agapornis - ficheri, nigrigenis e personatus), duvido que haja grande apetência para aves de captura. Para além do facto que a maioria dos criadores, pelo menos do que tenho conhecimento, aposta em mutações em vez de fenótipo selvagem...
Cumprimentos
Bruno Palhares
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Boa tarde,eu também sou novo no mundo das aves e pergunto eu sou sócio de uma associação ornitológica da qual pago cotas e mando vir as anilhas ao qual trazem a minha identificação ou seja o meu stam,portanto as minhas anilhas como a de muitos de vocês são anilhas oficiais,para criar os kakarakis ainda tenho também de fazer mais esse registo? E já agora pelo que percebo daqui os kakarakis amarelos com a cabeça vermelha ou os malhados podem ser criados sem cites?

Cumprimentos

João Gordo
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Nenhum pode ser criado sem cites, do que entendi dos mails do ICNF.

Simplesmente para MANTER as aves de mutaçao basta que elas tenham anilha, ou seja, subentende-se que basta virem de um criador registado.
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

A mutação amarela está isenta CITES mas precisa estar anilhada com anilha fechada, os de fenotipo selvagem precisam de CITES e anilha fechada, e ambas precisam que o criador se registe no ICNF, pagando o registo e subsequentes averbamentos anuais.

"As regras para a criação e comercialização de kakarikis são as seguintes:
Todos os exemplares de coloração selvagem, além da obrigatoriedade de anilha fechada têm que ter documentos CITES.
Os exemplares com colorações de mutação têm que ter anilha fechada mas estão isentos de documentação CITES.
Os criadores e/ou comerciantes desta espécie têm que estar registados obrigatoriamente no ICNF ao abrigo da Portaria 07/2010.
"

Apenas possuindo e não criando, não consigo perceber pelos emails do ICNF se é considerado criador ou não, se bem que no ficheiro de inscrição vem lá a opção particular, assim como criador, pelo que se pode subenternder que é necessário tambem o registo para manter apenas.
Cumprimentos
Bruno Palhares
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Se so se tem 1 aave, ou dois machos ou 10 aves mas em gaiolas separadas ou em viveiro mas de especies diferentes e nao hibridaveis, nao se é criador.

Eu tenho 2 cadelas e 1 cao, nao sou criador de caes porque nunca as minhas cadelas vao emprenhar (pelo menos do meu cao proque lhe tirei os tomates)

Nas aves é a mesma coisa, so é criador quem tem ou pretende ter e proporcionaar aos passaros condiçoes para criarem.
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

cable-man Escreveu:Se so se tem 1 aave, ou dois machos ou 10 aves mas em gaiolas separadas ou em viveiro mas de especies diferentes e nao hibridaveis, nao se é criador.

Eu tenho 2 cadelas e 1 cao, nao sou criador de caes porque nunca as minhas cadelas vao emprenhar (pelo menos do meu cao proque lhe tirei os tomates)

Nas aves é a mesma coisa, so é criador quem tem ou pretende ter e proporcionaar aos passaros condiçoes para criarem.

Já coloquei essa questão ao ICNF, agora é esperar resposta.
Cumprimentos
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Re: Os Kakarikis precisam de CITES?

Boas,

O problema destas coisas é precisamente a enorme confusão que se cria quando não há um critério claro, simples e coerente nas coisas.

A primeira confusão é com a questão dos clubes e criadores.
Ser sócio de um clube tem exclusivamente a ver com as actividades que esse clube e/ou federação em que esteja filiado organizam. Sejam exposições de aves, mostras de arte, sessões de poesia, patuscadas, torneios de sueca ou concursos de crochet... Se fornecem mais alguma coisa aos seus sócios é um problema entre o clube e os sócios.
Os clubes fornecem anilhas que têm o mesmo valor legal que qualquer outra anilha fechada e inviolável. O STAM é meramente uma identificação do criador perante os clubes e federações nas suas actividades. Não tem nada a ver com legalidade do criador nem com registo do mesmo. O registo (legal) para as espécies que o exigem é feito unicamente pelo ICN.

Existem espécies que não precisam de qualquer requisito legal para serem mantida e outras cuja detenção é regulamentada (CITES e fauna europeia).

Portanto:

** SE uma pessoa quiser ter aves e não saber de mais nada não é sequer obrigada a anilhar as aves. (excepto se tiver espécies regulamentadas que a isso obriguem).
** SE a pessoa quer no mínimo ter alguma forma de identificação e controlo das suas aves então o uso de anilhas (fechadas e invioláveis) é a forma mais normal e simples. Podem ser anilhas fornecidas por um clube ou não!
** SE a pessoas quer participar com aves em exposições então tem que usar obrigatoriamente anilhas que são aceites por esses clubes/entidades. Por norma são as que estes fornecem/vendem.
** SE a pessoa quer TER (e não criar) espécies regulamentadas tem de ter um certificado que garante que essa ave foi adquirida de forma legal. Não precisa de registo de criador.
** SE a pessoa quer TER E CRIAR espécies regulamentadas tem que se registar como criador e obrigatoriamente identificar as suas aves (normalmente com anilhas fechadas e invioláveis). Essas anilhas podem ser as fornecidas pelos clubes OU NÃO!

Portanto, é possível estar legal sem sequer ser sócio de qualquer clube da mesma forma ser socio de todos os clubes, anilhar as aves com 3 anilhas em cada pata e não estar legal (por não estar registado).
A ideia tradicional que a filiação em clubes fornece qualquer tipo de reconhecimento dos criadores em termos legais é um engano que já devia há muito ter sido esclarecido. O que se passa é que o ICN aceita as anilhas dos clubes como aceita qualquer anilha fechada e inviolável como forma de marcação. Obviamente que as dos clubes podem ter vantagens na identificação do criador.

Estas interpretações só criam ainda mais confusão porque: não têm em primeiro lugar coerência alguma com (1) o que deveria ser o espírito da lei; (2) o que deveriam ser as preocupações concretas com aquilo que realmente interessa (o bem estar das aves e proteção da aves); (3) só geram ainda mais confusão por tratarem de forma diferente/discriminatoria criadores e espécies.

Cumps,
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