Sim, eu percebi, apenas expressei a minha opinião e eu não acho que se tenha tirado nada de minimamente positivo no final das contas feitas.Se leres com atenção a minha anterior reposta vez que eu não disse que o balanço foi positivo
Vamos por partes, eu sempre achei que mesmo os juizes "veteranos" deveriam estar sujeitos a formação e acções de reciclagem periódica. Não o vejo como ofensa para ninguém, pelo contrário. Dito isto, não tenho qualquer problema em se qualquer juiz submetido a um exame igual ao de outros colegas não atingir uma avaliação minima, passar um ano sem julgar, em reciclagem.O descontrole em termos de formação foi uma realidade, mas penso que se está a conseguir por travão na situação pelo menos no CJO, agora o tempo necessário para voltar a equilibrar o barco…anos e anos talvez…
Mas na prática aceitar isto faz "comichão" a algumas pessoas como sabes. Se isto acontece com juizes, com que direito seria imposto a aspirantes? E será que alguma vez vais, mesmo provando que alguém não tem capacidade/formação minima para julgar, dizer "olha, és muito bom rapaz mas ainda tens que aprender umas coisinhas e por isso, eras juiz mas vais voltar a ser aspirante..."
Estás a ver isso acontecer?? Eu duvido, como tal não vai levar anos a remediar, o mal está feito, os "galões" estão atribuidos e dificilmente serão retirados...
E isso também indignou muita gente no CPJO como sabes, o que eu compreendo totalmente. Se uns têm que andar dois anos como aspirante, porque é que outros andam só um?? Se uns têm que ser aspirantes porque é que outros são logo juizes?? Estas situações aconteceram e quanto a mim foram o pior de toda esta divisão.
Mas volto a dizer que também se encontraram bons juizes nesse processo, nem tudo é tão negro. Mas no geral parece-me negativo e penso que contribui para uma falta de credibilidade de todo o processo.
É que lembrem-se que para avaliar aves não é preciso ser juiz. Em 99% dos casos aposto que se mandares o manel do talho com um crachá (que também cada vez são maiores...) ao peito, aparecer numa exposição e di,zer que vem julgar, não fossem os outros juizes (e mesmo assim...ninguém estranhava!! Porque qual é a noção e conhecimento que as associações/criadores têm dos juizes? de quem são? do que criam? Infelizmente pouco, excepto um grupo reduzido e concentrado de criadores (alguns deles juizes, curiosamente).
Como sabes, faz algum tempo que deixei de ter fé que a COM/OMJ era a solução de todos os problemas. Tem bons e maus, tanto como temos por cá.Concordo, se bem que ao haver mais juízes e se houver a evolução natural para OMJ o panorama a longo prazo pode ser melhor do que o actual
Concordo inteiramente, plenamente.o problema na minha perspectiva actual, é a influência excessiva que membros dos órgãos técnicos tem sobre as direcções das federações e dos clubes e isso é que é para mim o GRANDE problema, ficou claro para mim que não é viável ter membros dos órgãos técnicos a acumular cargos federativos ou mesmo a fazerem parte das direcções dos clubes
Agora voltamos à questão, onde estão as pessoas?? Onde estão as pessoas que, não sendo juizes, querem fazer parte das instituições?? Ou aquelas que fazem e mais cedo ou mais tarde não se tornam juizes???
Duvidas? Eu não.A nível técnico sim, é obvio que existe influencia, mas a nível pessoal…?
"Diz-me com quem andas e dir-te-ei quem és..." o ditado não é à toa.
Alguém sabe o que é um exame para aspirante? Ou juiz? Como é feito? Como é corrigido? Talvez devessem saber e talvez devessemos levar essa parte dos procedimentos não como um "pro-forma" mas como uma exigência real.Lógico, e é muito importante que não facilitemos ou continuemos a facilitar nos exames para juízes, contra mim próprio falo, já que considero que devido á situação vivida na altura os procedimentos do meu exame para juiz poderiam ter sido outros, de resto acho que só fico realmente em paz comigo mesmo após fazer o exame para OMJ
Podes ter toda a razão na influencia de juizes em direcções, na acumulação de cargos etc, mas tudo tem uma forma de acontecer e no caso dos clubes isso inclui os sócios e assembleias.E o que eu digo é que ninguém pensou se os sócios ganhavam algo com tudo isto.
Eu não confundo a criação do CNJ com a criação da FOCIP. Mas têm um fundo comum, um grupo de pessoas decidiu seguir um caminho diferente, conseguiram apoios de outros. Concorde-se ou não têm esse direito.
Não concordei com a formação do CNJ, mas sempre lhes reconheci esse direito e entendi que nos deveriamos adaptar à nova estrutura sem mais confusões. Algumas pessoas não entenderam assim e iniciaram um guerra...
Os efeitos dessa guerra levaram a mais problemas e mudanças radicais de posição dessas mesmas pessoas.
Quem ficou no CPJO entendeu que não deveria estar submetido a uma determinada forma/estrutura porque nunca foi a que defenderam e criaram uma alternativa nesse sentido.
Ou será que só dos elementos do CPJO e na formação da FOCIP foram usadas influências em clubes? Não vamos ser ingénuos... Tens exemplos bem mais graves nos noticiários todos os dias.
Volto a dizer que a solução era MUITO SIMPLES, era resolvida numa reunião de poucas horas entre toda a gente. Eram dissolvidas as 3 federações, e transferido todo o património (que aliás é na verdade dos clubes, ou não é???) para uma COM-P que assume papel de federação nacional e COM nacional. os clubes filiam-se directamente nessa COM-P, os juizes reunem-se num colégio nacional, podendo manter-se se assim quiserem (mais direcções, mais presidentes, mais...) uma delegaçao regional norte, uma sul e outra ilhas, outra centro como queiram... Secções técnicas nelas todas (mesmo que só com 1 elemento ficam sempre bem!)
Se estiverem mesmos preocupados com passarinhos e em melhorar as coisas, não vejo qual o problema.
Um abraço,