Olá Susana,
Um dos problemas com a informação na net é a "qualidade". O site do Roy (efinch) tem boa informação, mas nem sempre é o caso.
até porque duvido que encontre por aí muitos mandarins americanos, os Fancy Florida.
Em teoria não encontras Florida Fancies na Europa mas é discutivel se existem ou não porque provavelmente seriam dificeis de distinguir... Mas assumimos que não.
Quanto ao efeito letal no cruzamento de mutações dominantes, gostava poder saber mais sobre quais as mutações com que tenho de ter cuidado
Posso-te dar mutações em que se "pensa" existir efeito letal. Nunca me dei ao trabalho de montar casais para confirmar. Isso exige algum trabalho e um conjunto significativo de dados para análise estatistica. Também não há muitas dominâncias nos mandarins. O face preta e o factor poupa supostamente (reforço o supostamente) são letais em DF. O bocheha castanha, pela minha experiência, não é, mas na prática não interessa criar e evita-se por aumentar o risco de surgimento dos tais problemas. Só tem uma aplicação em termos de selecção de cor, mas isso é outra linha de pensamento.
quero evitar ao máximo tal situação. Tens conselhos para me dar, por favor?
O que acontece é que não é o gene (genes...) responsável pela modificação de cor em si que causa esses problemas. São outros genes que estão muito próximos destes e podem estar mutados ou não. Não sei se percebes? É como se fosse uma outra mutação que pode aparecer "agarrada" ao BC, em principio - quase de certeza - no mesmo cromossoma, mas nem é obrigatório porque pode ocorrer por interacção com outros genes. As aves que a tiverem mostram problemas (ao que tudo indica comporta-se de forma aditiva ou pelo menos recessiva). A questão de poder ser uma interacção é que embora por regra muito menos grave essas deformações oculares também se podem encontrar noutras linhas que não o BC.
Aliás, pela minha experiência, o BC também tem um comportamento aditivo em FS e FD mas não posso confirmar isso com dados "numéricos".
Ou seja, vou obter uma grande salada russa... não é isso que eu pretendo, até porque o macho phaeo já é miscelâneo que chegue. Eu estou a tentar trabalhar um pouco com aquilo que trenho disponível sem ter que trocar aves, ou comprar novas, e obter o melhor resultado possível. Tenho disponíveis uma fêmea castanha e a tal bochecha castanha, e de machos tenho o tal phaeo peito negro (diluido, coisa que por lapso não disse no primeiro mail),e um outro que é cinzento clássico.
Eu perguntei se tinhas intenção pelo seguinte. Como deves ter reparado, o BC e o phaeo são relativamente parecidos em termos de coloração, embora um tenha melaninas (eumelaninas, em particular) e outro não. É possível fazer o mesmo tipo de combinações sobre a linha BC que no phaeo, com a particularidade que, segundo alguns criadores isso permite estender a coloração phaeomelânica às costas e aumentar o "vermelho" ainda mais. Mas não te posso confirmar se é assim na prática porque nunca me meti nisso.
E isso é possível apenas sobre a linha isabel com selecção mas existe discussão se o BC facilita esse processo ou não.
Mas uma das regras para trabalhar este tipo de combinações múltiplas é precisamente evitar "saladas russas"... Porque a partir do momento que não consigas confirmar quem é portador ou não, nunca mais apanhas o fio à coisa.
disponíveis uma fêmea castanha e a tal bochecha castanha, e de machos tenho o tal phaeo peito negro (diluido, coisa que por lapso não disse no primeiro mail),e um outro que é cinzento clássico.
Pois, dai não tens muita volta a dar porque estás a trabalhar em bases completamente diferentes! O cinzento com a bochecha castanha parece-me o mais lógico para manteres um casal a dar cores o mais "limpas" possivel em termos de misturas.
o 2º casal obtenho machos castanhos portadores de peito negro diluidos phaeo, e fêmeas castanhas diluídas portadoras de peito negro phaeo
Não é bem...
Vão ser todos portadores de phaeo e peito negro sim. Mas neste caso, vais estar sempre a carregar o diluido ai pelo meio com alguns machos e a entrar em combinações mais complicadas do castanho diluido. Nisso já entras num tipo de genética um pouco diferente (crossing-over).
Os machos vão ser portadores de castanho mas também portadores de diluido. As fêmeas vão ser castanhas portadoras de peito negro e paheo (sem complicar mais ainda este macho...)
Porque quando dizes que ele é portador de diluido, isso significa que ele é portador de castanho diluido?? Nesse caso, se já estiver a combinação feita, então metade das fêmeas serão castanhas e outra metade castanho diluido... Mas ai estamos a entrar noutra linha de genética com regras um pouco "diferentes".
Se estiver a ser chata, manda-me ler um livro da especialidade, não há problema. Mas se estiveres disponível para trocar estas impressões fico muito agradecida.
No que puder tentar ajudar a esclarecer, não custa nada.
Mas convém sempre tentares ler um pouco e estudar as bases de genética e das mutações, coloração.
Não há muita coisa em termos de suporte escrito ao nível de mutações, muita da informação que encontras é das generalidades básicas.
Cumps.