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New Castle Disease
Enviado: terça, 14/ago/2007, 19:21
por Ana Carla R. Fidalgo
Boas !
Estou com um pequeno probleminha e gostaria que me tentassem ajudar.
Penso que tenho um passarinho com esta terrível doença. Não tenho a certeza mas já falei com diversas pessoas e todas me dizem que é isso.
De momento já está isolado, mas não sei quanto tempo estiveram os outros companheiros em contacto com ele. Gostaria de saber se existe alguma vacina para eu lhes dar e onde posso arranjar, farmácia, loja de animais.
Espero que alguém me possa indicar uma solução ( não muito drástica ). Não gostaria de eliminar os meus bichinhos todos.

Newcastle
Enviado: terça, 14/ago/2007, 20:05
por AvilandiaPT
Olá Ana,
De certeza que é Newcastle?
À partida haverá hipóteses mais prováveis.
Cumprimentos,
Enviado: terça, 14/ago/2007, 20:53
por Miguel Isidoro
Olá a todos,
Ana, creio que a doença de Newcastle também é chamada Paramixovirose.
Para os pombos tenho a certeza de que há uma vacina, não sei é se dá para outras aves...
As vacinas costumam servir para prevenir as doenças e mais dificilmente para as curar. De qualquer forma tentar não custa nada.
Creio porém que deveria tentar ter a certeza de que está perante essa doença que não é muito frequente (felizmente).
Com os melhores cumprimentos,
Miguel Isidoro
Enviado: terça, 14/ago/2007, 21:28
por Pedro121
Não é quase de certesa newcastle, de qualquer modo se o for e se a ave for pequena o tempo de vida apos o contagio deve ser medido em poucos dias e a vacina não vai já a tempo, para os outros poderia ser util mas vecinar contra a newcastle em aves pequenas é um pesadelo
Enviado: terça, 14/ago/2007, 22:47
por NunoSantos
Olá Ana, verifique este link e comprove se os sintomas da ave são os que estão descritos na página, verifique também se pode ter existido algum tipo de contagio da aves de acordo com a forma como se transmite o vírus...
http://www.avianbiotech.com/Diseases/Newcastle.htm
Enviado: quarta, 22/ago/2007, 09:19
por Ana Carla R. Fidalgo
Eu não tenho muito bem a certeza, mas um dos principais sintomas é a rotação anormal da cabeça, que quase dá a volta por completo, o que dificulta o voo.
E agora ultimamente tenho tido um problema mais grave que não sei se não estará relacionado com a doença.
Eu tenho mais aves, mas estas não estão em contacto com a que está doente, e tem estado a morrer de uma forma que até agora desconhecia.
Estão perfeitamente bem agora, mas daqui a uma hora ou até menos etão mortos. Apresentam sinais de tremuras, eu ao principio até julgava que era epilépsia, mas quando comecei a reparar que ao fim de umas horas eles estavam mortos, então verifiquei que não era isso. Alguns nem chegava a ver nenhum sintoma, encontravam - se mortos.
Já me morreram vários assim. Tem sido um prejuizo, já para não falar na tristeza que me dá. Já não sei mais o que fazer para estabilizar os que ainda me restam. Alguém que me ajude.
Enviado: quarta, 22/ago/2007, 10:16
por Pedro121
Ana Carla R. Fidalgo Escreveu:
Estão perfeitamente bem agora, mas daqui a uma hora ou até menos etão mortos. Apresentam sinais de tremuras, eu ao principio até julgava que era epilépsia, .
Bem, agora já me parece a Newcastle, morte súbita é um sintoma comum se a ave for de pequeno porte, neste caso o 1º passo é eliminar a ave originalmente doente, depois limpar e desinfectar tudo, gaiolas, poleiros e comedouros, depois separar o mais possível as aves e evitar trata-las em série para não servir como agente de contaminação, pelo que li o vírus é sensível aos uv's, portanto se puder colocar as gaiolas de modo a que apanhem algum sol não se perde nada (cuidado que as aves precisam de sombra), tendo em conta que é uma viral para o qual existe uma vacina a solução seria vacinar, mas como as aves já estão em principio contaminadas nesta fase é mesmo esperar até que a doença complete o ciclo e recomeçar.
À alguns anos eu trabalhava num matadouro de aves, e acidentalmente contaminei as minhas aves com uma bactéria multi resistente, não foi muito agradável, para controlar a situação tive que fazer abates selectivos o que não foi nada fácil, mas nesse caso tinha a vantagem da doença ter um período de incubação razoavelmente longo, neste caso ela é muito rápida, o que também tem vantagens já que as aves doentes morrem sem terem oportunidade de contaminar muitas mais, por isso com medidas estreitas de higiene e isolamento deves conseguir minimizar os danos, desde claro que o contagio não seja já total
Enviado: quarta, 22/ago/2007, 11:42
por Ana Carla R. Fidalgo
Mas o que apresenta os sintomas, creio eu que da New Castle disease, pois roda a cabeça quase na sua totalidade, já se encontra assim à meses, mesmo senão à um ano. Quanto aos outros, não sei como poderam ter apanhado a mesma doença. Alguns deles nunca tiveram contacto com o que eu notei à partida que estava doente. Outros estiveram perto da gaiola deste, logo penso que estes tenham mais probabilidade de terem contraido a doença. Mas o que eu gostaria de saber é se à alguma vacina para tentar salvar os que me restam e onde posso adquirir o medicamento. Não gostaria ter que tomar uma opção tão drástica. Já me basta os que me morreram praticamente nas mãos.
Mas grata pela atenção, prestada por todos vós.
Enviado: quarta, 22/ago/2007, 17:30
por Dolfo
Boa tarde,
Tendo aves a morrer, e não sabendo a razão, eu no teu caso levaria as aves mortas ao LNIV (Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, fica no nº 701 da Estrada de Benfica), para serem autopsiados, pois assim ficaria tudo esclarecido e saberia quais as medidas a tomar.
Cumprimentos,
Dolfo
Enviado: quarta, 22/ago/2007, 19:33
por Pedro121
Dolfo Escreveu:Boa tarde,
Tendo aves a morrer, e não sabendo a razão, eu no teu caso levaria as aves mortas ao LNIV (Laboratório Nacional de Investigação Veterinária, fica no nº 701 da Estrada de Benfica), para serem autopsiados, pois assim ficaria tudo esclarecido e saberia quais as medidas a tomar.
Dolfo
O problema Dolfo é que no caso de ser newcastle, eles são obrigados a avisar a DGV, e isso implicava o abate de todas as aves
Enviado: quarta, 22/ago/2007, 20:07
por Dolfo
Pedro121 Escreveu:
O problema Dolfo é que no caso de ser newcastle, eles são obrigados a avisar a DGV, e isso implicava o abate de todas as aves
Pedro,
Isso a mim não me parece um problema (enfim, por mais que me custasse, e sabes que no meu caso isso custar-me-ia mesmo muito!), se de facto é a única forma de resolver a epidemia.
Ou seja, se essa doença implica o abate de todas as outras aves é provávelmente porque é grave e altamente contagiosa, portanto de qualquer maneira suponho que as outras aves vão acabar por morrer, com a doença!
E sem uma autópsia a Ana ficará sem saber ao certo de que doença se trata, porque lhe estão a morrer as aves, donde veio a doença, como a contrairam as aves dela, como evitar que aconteça, etc
Assim sendo, eu pelo menos preferia ficar a saber exactamente do que se tratava e como evitar que voltasse a acontecer no futuro.
Enfim, é só a minha opinião e é o que eu faria, agora cada um é livre de tomar as decisões que achar correctas.
Como sabes, quando recentemente e num espaço de tempo muito curto me morreram duas roselas fêmeas, foi o que fiz com a 2ª a morrer (a 1ª foi um acidente, mas a 2ª não sei porque morreu; enfim, os primeiros exames deram "necrose intestinal" mas não foram conclusivos porque não se ficou a saber o porquê), levei-a para ser autopsiada. Pelo menos assim quando tiver os resultados definitivos logo fico a saber que medidas tomar, no caso de ser necessário.
Cumprimentos,
Dolfo
Enviado: quinta, 23/ago/2007, 10:19
por Pedro121
Dolfo Escreveu:
se de facto é a única forma de resolver a epidemia.
Ou seja, se essa doença implica o abate de todas as outras aves é provávelmente porque é grave e altamente contagiosa, Dolfo
A newcastle é altamente contagiosa, mas só para outras aves, portanto não está em causa a saúde publica, e ela é geralmente fatal a 100% em explorações intensivas de aves de corte, mas não é o caso em ornamentais desde que as condições de higiene sejam muito boas e não haja contaminação horizontal
Dolfo Escreveu:
E sem uma autópsia a Ana ficará sem saber ao certo de que doença se trata, porque lhe estão a morrer as aves, donde veio a doença, como a contrairam as aves dela, como evitar que aconteça, etc
Assim sendo, eu pelo menos preferia ficar a saber exactamente do que se tratava e como evitar que voltasse a acontecer no futuro.
Dolfo
De um modo geral eu sou um firme defensor das autopsias, especialmente em caso das mortes em série, é a única maneira de sabermos com certeza o que está a causar o problema e a melhor maneira de tentarmos encontrar uma cura eficaz, mas neste caso especifico se for a newcastle as aves tem mais hipótese sem autopsia do que com ela, claro que se não for… o meu aviso foi isso mesmo, apenas um aviso do inconveniente de se mandar fazer autopsias a aves a que se tem a suspeita de newcastle
De qualquer modo o modo de entrada foi certamente uma ave portadora da doença que não foi sujeita a quarentena, é geralmente esse o meio de contagio, eventualmente se elas estão expostas a aves selvagens também pode ter sido por aí, ou então ao ter comprado comida ao quilo numa loja de animais, na altura das importações abertas apareciam muitos casos de doenças (não necessariamente a newcastle) por essa via.
Enviado: quinta, 23/ago/2007, 12:57
por Ana Carla R. Fidalgo
Boas !
Bem, não gostaria de pensar no pior, espero que isto tenha tido sido tudo apenas um susto, e que amanhã não termine com este hobbie que eu tanto gosto.
Vou ficar a aguardar um pouco, para ver o desenvolvimento das coisas. Visto que não existe nenhum medicamento,espero seriamente que o diagnóstico venha a revelar - se outro.
Obrigado a todos por terem dado as vossas sinceras opiniões.

Enviado: quinta, 23/ago/2007, 13:29
por Dolfo
Boas,
...mas neste caso especifico se for a newcastle as aves tem mais hipótese sem autopsia do que com ela...
Pedro, suponho que a razão de terem "mais hipótese sem autopsia do que com ela", seja pelo que referiste mais acima no teu post (ou seja, o que transcrevo abaixo), podes confirmar?
"...ela (a doença de Newcastle) é geralmente fatal a 100% em explorações intensivas de aves de corte,
mas não é o caso em ornamentais desde que as condições de higiene sejam muito boas e não haja contaminação horizontal."
E se não for a Newcastle?
Não será melhor ficar a saber exactamente do que se trata?
Até pode ser que haja solução e cura para as restantes aves, mas para as tratar só sabendo o que as está a matar, não?
Em todo o caso, ficar sem saber do que se trata e continuar a ver as aves a morrer sem nada fazer é que não seria opção para mim. E sem autópsia, que outra hipótese há para detectar do que se trata?
Cumprimentos,
Dolfo
Enviado: quinta, 23/ago/2007, 14:47
por Pedro121
Dolfo Escreveu:
Pedro, suponho que a razão de terem "mais hipótese sem autopsia do que com ela", seja pelo que referiste mais acima no teu post (ou seja, o que transcrevo abaixo), podes confirmar?
Dolfo
Em condições não intensivas a contaminação geralmente não é de 100%, portanto uma determinada percentagem das aves escapará á doença, especialmente se estiverem em gaiolas separadas e como já referi com muitos cuidados sanitários
Dolfo Escreveu:
E se não for a Newcastle?
Não será melhor ficar a saber exactamente do que se trata?
Até pode ser que haja solução e cura para as restantes aves, mas para as tratar só sabendo o que as está a matar, não?
Dolfo
Eu concordo que curas cegas não são realmente solução nestes casos e que portanto é sempre melhor saber do que não saber e para saber é necessária a autopsia, agora se me perguntares o que eu faria, se tivesse aves a morrer com sintomas similares á newcastle (e não tendo possibilidade de autopsiar as aves eu mesmo), não sei, acho que é daquelas situações em que sé preso por ter cão e por não ter, ambas as situações tem inconveniente. Nada como fazer uma quarentena e ter instalações o mais isoladas possíveis, o lema deve ser prevenir e não remediar
Dolfo[/quote]