Dolfo
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Pedro,
Em condições não intensivas a contaminação geralmente não é de 100%, portanto uma determinada percentagem das aves escapará á doença, especialmente se estiverem em gaiolas separadas e como já referi com muitos cuidados sanitários
Ok, agora percebo porque o abate de todas as aves seria uma medida demasiado radical, e eventualmente desnecessária.
Isto no caso de ser de facto a doença de Newcastle.
Eu concordo que curas cegas não são realmente solução nestes casos e que portanto é sempre melhor saber do que não saber e para saber é necessária a autopsia, agora se me perguntares o que eu faria, se tivesse aves a morrer com sintomas similares á newcastle (e não tendo possibilidade de autopsiar as aves eu mesmo), não sei, acho que é daquelas situações em que sé preso por ter cão e por não ter, ambas as situações tem inconveniente.
Compreendo perfeitamente e também percebo que seria um dilema terrível e uma decisão mesmo muito difícil e penosa de tomar!

Cumprimentos,

Dolfo
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Newcastle

Olá,

Para uma ave de pequeno porte, se estes sintomas continuam á meses, provavelmente não será newcastle. Alguns problemas como fungos podem também dar esses sintomas de torcer as cabeça.
E a questão continua em saber sendo newcastle qual a origem do contágio!

Em relação a fazer a necrópsia das aves mortas (autópsia é em humanos!!) será sempre uma forma de saber qual a causa, isto assumindo também que se tem uma ideia do que procurar, já que esse é normalmente o problema! O exame permite observar o que está anormal, mas nem sempre permite determinar a causa do problema, para mais sendo um virus.

Cumprimentos,
Ricardo M.
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Dolfo
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Olá Ricardo,
Em relação a fazer a necrópsia das aves mortas (autópsia é em humanos!!)
Sorry, tens toda a razão, esqueço-me sempre do termo correcto, obrigado por mo lembrares :wink:
O exame permite observar o que está anormal, mas nem sempre permite determinar a causa do problema, para mais sendo um virus.
Pois, segundo julgo perceber pelo que me disseram no LNIV, há vários tipos de exames, se bem entendo o 1º ao fazerem a necrópsia é o anatomopatológico, que no caso desta última rosela fêmea que me morreu (nascida em Benavente este ano, aí de Fevereiro, portanto muito jovem, e que só viveu +/- cerca dum mês em minha casa e se apagou depois de ter começado dum dia para o outro a defecar sangue, tendo resistido 3 dias a partir desse dia!) só deu para perceber que ela morreu duma "necrose intestinal" no último 3º da parede do intestino. Isso fiquei logo a saber no dia a seguir a tê-la deixado no LNIV, portanto foi rápido. Mas como não foi de modo algum conclusivo, porque só esse 1º exame não explica o que poderia ter causado a tal necrose (a médica falou de hipóteses tais como torsão intestinal, nódulo intestinal - creio que isso é cancro, não? -, ou algo já de nascença), passou-se para outra fase dos exames, só que esses é supopsto levaram pelo menos umas 3 semanas.
Sei que lhe foram também detectados 2 ou 3 vermes redondos mas a médioca disse-me logo que não foi isso a causa da morte.

Pela ficha que trouxe para casa quando a lá deixei, julgo perceber que além do exame anatomopatológico que referi, há muitos outros exames que se podem fazer, tais como, histopatológico, parasitológico, bacteriológico, virológico, micológico, análises clínicas e toxicológico.

O tal de que estou à espera dos resultados nem sei qual deles é, só sei que a médica disse que para saber o que provocou a necrose intestinal iam enviar para análise tecido da zona do intestino onde parece que havia um problema.
Terei que esperar pelo menos até à próxima segunda-feira (quando se completam as 3 semanas desde que lá deixei o cadáver), e aguardar notícias deles, a ver se estes exames permitiram chegar a uma conclusão.

Seja lá qual tenha sido a razão, pelo menos no meu caso acho que é sempre melhor saber ao certo (se médica e científicamente possível, claro) do que ficar na ignorância ou metermo-nos a adivinhar ou especular.

Pelo menos o simples facto de saber que ela tinha alguns vermes redondos (mesmo não tendo sido isso a causa da morte) já me fez agir: desparasitei (a 1ª fase, agora no fim deste mês segue-se a 2ª fase) todas as minhas aves adultas. Só não o fiz ás crias caturra deste ano, que são de Junho, confesso que não sei se fiz bem ou não ao exclui-las, mas como ainda são tão novas tive um bocado de receio.

Cumprimentos,

Dolfo
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Exames

Olá,

Sim, realmente um dos problemas com os exames é esse. A necrópsia permite ver o que estava alterado, tenha causado a morte ou não e normalmente serve de base para determinar os exames seguintes que deverão enão descobrir qual o agente.
Uma necrose intestinal pode ter várias causas, infecção, parasitas, as fezes com sangue indicam hemorrogia por algum motivo. Mas também pode acontecer que a necrose surja depois da morte. O que é outro problema, determinar qual o agente primário e se existem outras infecções secundárias ou oportunistas.

E é necessário exames especificos, um exame a fungos não detecta bactérias e vice-versa!
Mas apesar de poderem ser inconclusivos ficamos sempre a saber mais alguma coisa.
O comum e ser pedida a necrópsia e antibiograma (parasitas é mais simples). Se os resultados da necrópsia ou os sintomas o justificarem então são feitos os exames de serologia e fungos.
Pelos sintomas na necrópsia podemos ficar com a ideia de qual a causa (pelo menos tentar enquadrar se é bactéria, virus...)
Os exames toxicológicos só se fazem normalmente em casos particulares.

Ou seja existem basicamente duas formas de agir:

1- Não sei o que é, tentem descorbir
2- Suspeito ser isto, confirmem se é

Infelizmente alguns exames demoram (e o LNIV tem esse problema), que acaba por criar um intervalo de tempo que é desperdiçado.

Cumprimentos,
Ricardo M.
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Dolfo
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Olá Ricardo,
Uma necrose intestinal pode ter várias causas, infecção, parasitas, as fezes com sangue indicam hemorrogia por algum motivo.
Pois, o que é estranho é que ela até uma segunda-feira estava muito bem, não houve sintomas nenhuns de que me apercebesse, e de repente, na terça-feira seguinte de manhã, quando chego à gaiola vejo gotas de sangue espalhadas por todo o lado, e ela no chão da gaiola!
Pensei que fosse algo externo, que se tivesse ferido por qualquer razão, mas depois de a observar cuidadosamente conclui que não era nada externo, portanto só podia ser interno. Ao longo do dia, observando-a, percebi que o sangue surgia ao defecar: aliás práticamente nem fezes havia, só mesmo sangue!
Bom, pensei então que tivesse engolido algum objecto estranho e pesquisei toda a gaiola a ver se faltava algum parafuso ou porca, mas nada!
Ainda assim retirei de lá um brinquedo consistindo em cubos de madeira ligados entre si por corda, porque ela gostava de roer aquilo e pensei que pudesse ter engolido uma lasca que lhe tivesse perfurado algum órgão.
Pela necrópsia, a médica concluiu que não havia nenhum corpo estranho no organismo portanto não terá sido por aí.
Mas também pode acontecer que a necrose surja depois da morte.
Como menciono acima ela começou súbitamente a defecar sangue numa terça-feira.
Mas quarta, quinta e sexta não voltou a fazê-lo, apenas fezes muito líquidas.
Sexta-feira estava tão fraca que ao fim do dia decidi dar-lhe papa de criação à seringa, mas já não resultou. Menos de dez minutos depois de a voltar a pôr na gaiola estava morta!
Aí uns dez minutos mais tarde meti-a numa caixa de cartão e pu-la no congelador, para a levar ao LNIV na segunda-feira seguinte, de modo que tendo em conta o que penso ser uma necrose parece-me pouco provável que tenha acontecido após a morte, não?
Ou seja existem basicamente duas formas de agir:

1- Não sei o que é, tentem descorbir
2- Suspeito ser isto, confirmem se é
Como suspeitava que pudesse ter engolido uma farpa do brinquedo de que falo acima, mencionei isso no LNIV, e foi por isso que depois da necrópsia a médica me disse logo que não havia corpos estranhos, madeira ou metal, no organismo.

Ela inclina-se para que fosse um problema de nascença, talvez cancro.
Vamos a ver se o resultado dos próximos exmes são conclusivos, espero bem que sim, porque se não forem e tiver de fazer ainda mais exames vai-me sair caro!

Cumprimentos,

Dolfo

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