Alguém me sabe dizer se estes passos estão correctos:
Pintassilgo
Esta belíssima ave de cerca de 12 centímetros de comprimento é vista com muita frequência no nosso país. Trata-se de uma ave muito activa, que gosta de passar grande parte do seu tempo entre a vegetação. Os machos são donos de um canto extremamente belo e muito característico desta espécie. As fêmeas também cantam, mas o seu canto é ligeiramente menos fascinante que o do macho. Aliás, não é nada fácil detectar as diferenças entre os dois sexos. Um olhar treinado de um criador mais experiente é capaz de estabelecer a distinção através de pequenos pormenores. Assim sendo, de um modo geral, os machos possuem um bico ligeiramente mais longo e a mancha vermelha na cabeça é tendencialmente mais prolongada, excedendo ligeiramente os olhos. Além disso, outra diferença notória é na curvatura das asas, a do macho é quase totalmente preta e a da fêmea é bastante mais clara, em tons acinzentados (ver imagens abaixo).
Pintassilgo macho:
Pintassilgo fêmea:
No que diz respeito à alimentação esta ave pode apresentar alguns problemas para o criador menos experiente ou menos habituado a espécies indígenas. Ainda assim, já surgem no mercado algumas misturas de sementes concebidas propositadamente para esta espécie, o que facilita e muito a vida a quem se aventura na sua criação. Caso não consiga encontrar este tipo de misturas na sua zona, posso dizer aproximadamente a composição de uma boa mistura de sementes para pintassilgos. Ora vejamos, em termos percentuais, a mistura deve consistir em: 40% de alpista; 20% de níger; 17% de nabo; 8% de linhaça; 6% de cânhamo; 5% de aveia descascada; 3% de sementes selvagens e 1% de sementes de relva . Estas aves também são grandes apreciadoras de sementes de cardo, que pode dar-lhes com toda a segurança. Também devemos dar, quase diariamente, verdura e fruta (alface, espinafre, laranja, maçã, etc.) e uma boa papa de ovo. Outro truque muito útil neste tipo de aves consiste em adicionar algumas gotas de sumo de limão espremido puro à água do bebedouro, uma a duas vezes por semana, durante todo o verão. O grit e o osso de choco devem se encontrar sempre presentes na gaiola durante todo o ano, não só para esta como para todas as outras espécies de aves em geral, para que os pássaros possam satisfazer as suas necessidades a vários níveis.
Pode criar pintassilgos num aviário ao ar livre, com alguma vegetação, ou mesmo numa gaiola de interior. Geralmente obtêm-se melhores resultados quando se opta por colocar um casal isolado numa gaiola de criação, sem a presença de outras aves que o possam perturbar. As medidas ideais para uma gaiola deste tipo seriam de 100 cm de frente, 60 cm de profundidade e 40 cm de altura. Para que as aves se sintam seguras no seu novo lar, devemos decorar a gaiola com alguns ramos naturais (cedro, pinheiro ou eucalipto) ou mesmo de plástico. O ninho a utilizar pode ser um cesto em corda, similar ao dos canários, e devemos pôr à disposição das aves bastante sisal ou lã de ovelha para a concepção do mesmo, note-se que os pintassilgos dão preferência aos materiais de cores claras. Para além disto, o ninho deve sempre ser colocado num ponto alto da gaiola, camuflado por alguma folhagem. Estas aves têm uma postura média de 3 a 6 ovos. Estes têm uma cor azul clara com manchas castanhas e são chocados exclusivamente pela fêmea durante 13 a 15 dias. Durante o período de criação deve prestar muita atenção à alimentação que está a proporcionar aos seus pássaros, não se esqueça que vêm aí mais bicos para alimentar. Neste período complicado deverá germinar algumas sementes, às quais adicionará uma papa de ovo seca (já existem papas específicas para espécies indígenas no mercado), formando uma espécie de alimento empapado, extremamente nutritivo e muito rico em inúmeras vitaminas e sais minerais, fundamentais para o bom desenvolvimento das crias. A mistura de sementes para germinar deve consistir em: 20% de sementes de saúde; 20% de alpista; 20% de sementes selvagens; 10% de uma sub-mistura composta por níger, nabo, colza e cânhamo; 10% de milho alvo (japonês, branco e vermelho); 10% de soja e finalmente os restantes 10% de cártamo (*). Para além do que foi dito e, tratando-se de facto de aves silvestres, há certas guloseimas, que nem sempre são de fácil acesso para a maioria de nós que residem em cidades, mas que são muito do agrado deste tipo de aves. Como sejam: sementes de ervas do jardim; relva; chicória; dente-de-leão; bolsa-de-pastor; morrião-dos-passarinhos; nabo; couve em sementes verdes, ainda dentro da vagem e insectos em diversos estágios de desenvolvimento (larva, ovo, ninfa).
Este regime alimentar para os pintassilgos é aquele seguido por grande parte dos criadores nacionais, e foi-me aconselhado por um amigo meu que se dedica a esta espécie já há algum tempo, sempre com bons resultados. Claro que, cabe agora a cada criador adoptar aquele sistema alimentar que mais lhe convier sob todos os aspectos. É ainda de salientar a necessidade de ter que se juntar o casal de pintassilgos com alguma antecedência, no máximo até meio do mês de Fevereiro. Senão corremos o risco do casal não se entender, o que resultaria num rotundo fracasso ao nível da criação.
Nota: O pintassilgo é uma espécie protegida. Existem requisitos e restrições legais relativamente à criação e comércio destas aves.
São aves de pequeno porte, com tamanho aproximado de 13 cm, com cerca de 20 g, normalmente encontradas em bandos de até 40 indivíduos, fora da estação reprodutora. Na época do acasalamento separam-se aos pares voltando a se unir após a vinda dos filhotes.
Reproduz-se em terrenos abertos e bordas de bosques, em parques e jardins, entre Abril e Maio, pondo 4 a 6 ovos azuis com manchas pretas, que eclodem ao fim de 11 a 14 dias. Faz duas posturas e a incubação é feita pela fêmea.
Alimenta-se basicamente de grãos silvestres. Gosta especialmente de sementes de cardos, o que deu origem ao nome do género. No outono e inverno é avistado frequentemente em prados com muitos cardos. Porém, durante a alimentação das crias, procura também insectos.
A primeira etapa passa por escolher os casais, com os quais se vai criar, para que se juntem em Fevereiro princípios de Março. Devem estar dentro das categorias genéticas. Depois as instalações, uma vez que estas aves necessitam para criar, de pelo menos, uma gaiola com um metro de comprimento por 50cm por 60 cm de altura, as quais deverão ter um separador. O ninho a colocar deverá estar encoberto por vegetação - plástico ou natural - para que possam sentir-se confortáveis. O material a fornecer deverá ser predominantemente claro, pois estas aves preferem-no - pêlo de cabra.
A preparação dos pássaros deverá passar por um desparasitante, bem como por um tratamento prévio para impedir que a coccosidiose ataque, quer os filhotes, quer os pais.
Nesta altura fornecem-se papas especiais - ovos de formiga, papa indígenas - bem como a papa de ovo normal. Poder-se-á começar a dar bichos de trela vivos para que estes se comecem a habituar ao gosto, e não os desprezem na altura de os fornecer aos filhotes.
Quanto às sementes fornecidas junta-se a estas sementes de espinafres, sementes de alface, sementes de cardo, perilha,, sementes selvagens, etc...
Uma vez o último ovo posto deve-se retirar o macho, deixando a fêmea criar os filhotes, após o 13º dia de choco.
As aves popularmente conhecidas como pintassilgos pertencem ao género Carduelis, embora alguns ornitólogos dividam esse grupo em dois gêneros, Carduelis e Spinus. Para simplificar, neste trabalho usaremos apenas a denominação Carduelis. Este género está representado em praticamente todos os continentes e conta com aproximadamente trinta espécies. Alguns autores consideram um número um pouco maior e outros um pouco menor, porque alguns consideram como espécies válidas, outros como subespécies ou raças geográficas.
Portanto existem espalhadas pelo planeta trinta espécies de pintassilgo.
No Brasil ocorrem apenas duas espécies conhecidas, Carduelis magelanica, conhecido como pintassilgo-mineirinho, mineirinho ou cabecinha-preta, e Carduelis yarrelli, conhecido como pintassilgo-baiano.
Muitas espécies de pintassilgos são utilizadas para a produção de híbridos com canários domésticos, que pertencem ao género Serinus, género este que conta com mais de quarenta espécies distribuídas pela Europa, parte da Ásia e principalmente pela África. Assim podemos considerar as espécies do género Serinus como espécies de canários ( não confundir com as diversas raças de canários domésticos e nem com as aves do gênero Scalis, que também são chamadas de canário, como o canário-da-terra, o canario-horta, o peruano, o da Amazónia, o tipiu, etc)
Teoricamente todas as espécies do género Serinus podem ser hibridadas entre si e também com o género Carduelis, isto significa que podemos tentar hibridar qualquer espécie de pintassilgo com o canário e se incluirmos também cruzamento com as espécies de canários selvagens temos uma vastíssima gama de possibilidades. Na prática, no entanto, apenas algumas poucas espécies têm sido utilizadas com frequência e quase sempre em cruzamentos com o canário doméstico. As masis utilizadas no Brasil são o pintassilgo-mineiro, o tarim-da-Venezuela ( Carduelis Cucullatus ), o pintassilgo-portugues ou europeu ( Carduelis Carduelis ), e mais frequentemente o negrito-da-Bolivia ( Cardueles atrata ). Mas como já foi dito anteriormente, temos inúmeras outras possibilidades e a dificuldade maior está em obter legalmente as matrizes de outras espécies, porém atualmente existem algumas firmas especializadas na importação de animais e que tem colocado no mercado algumas espécies de pintassilgos de origem asiaticas e neotropical ( America Latina ), além de algumas poucas espécies africanos, com os preços variando de 50 a 700 reais.
Quanto ao aspecto canoro dos pintassilgos, existe uma preferência quase unânime pelo canto do pintassilgo-mineiro e do pintassilgo-portugues, e estas duas espécies são também preferidas na Europa, para a produção de pintagóis de canto apurado, porque produzem excelentes resultados quanto a variedade e a suavidade do canto, além de com frequencia produzirem cantores incansáveis, com voz muito mais agradáveis e melodiosa.
É interesse notar que para obtermos o maior número de possíveis de híbridos machos devemos utilizar no cruzamento um pintassilgo bem mais velho do que a canária. Por exemplo: cruzando um pintasilgo de mais de 4 ou 5 anos comum uma canária do ano, temos uma grande possibilidade de obter até mais de 90% de híbridos machos.
Ainda não se conhece bem os mecanismos genéticos que relacionam o sexo das crias com a idades dos reprodutores; no entanto este é um fato amplamente comprovado .
eu fiz esta pesquisa e agora penso q estou preparado para criar pintassilgos.
João Pedro